Afinal, o que se passa com os preços dos alimentos nos supermercados?
Nas notícias, os portugueses podem ver que a inflação tem baixado, mas o mesmo parece não acontecer com os preços dos alimentos nos supermercados. E as suspeitas de fraudes da parte dos supermercados crescem cada vez mais, quando organizações como a DECO PROTESTE ou a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) vão mostrando que têm mesmo acontecido irregularidades.
De acordo com a DECO PROTESTE, frutas e legumes subiram entre os 30 e os 40% no último ano. Porém, questionados os produtores, o aumento está muito longe de se verificar. Ainda de acordo com a DECO, um saco de legumes e frutas encareceu 8,06 euros, no último ano, desde que a guerra começou.
Portanto, apesar da taxa da inflação estar a descer, os preços dos alimentos continuam muito elevados e os portugueses cada vez com mais dificuldades para comportarem o nível de vida semelhante ao que tinham há um ano.
De acordo com o Ministro da Economia, o Governo não vai tolerar “situações anómalas” quanto aos preços dos alimentos e prometem atuar contra os aumentos injustificados, prometendo aumentar as ações de fiscalização da ASAE, que têm confirmado as suspeitas de muitos consumidores.
Este ano já foram instaurados “51 processos-crime por especulação nos custos alimentares em supermercados e hipermercados, em fiscalizações a 960 operadores e 91 processos contraordenacionais”, de acordo com o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, citado pelo jornal Correio da Manhã.
Alguns produtos, como as cebolas, estão a ser vendidos como uma margem de lucro superior a 50%. Outros, como os ovos, laranjas, cenouras e as febras de porco têm margens de lucro superiores a 40%.
A ASAE também investiga um possível esquema de afixação de preços, ou seja, preços mais caros na caixa do que nas prateleiras, assim como balanças mal calibradas e produtos com pesagens diferentes do que refere a embalagem.