Avô que matou neta em Vialonga escreveu dois bilhetes antes do crime
Lara, de sete anos, foi assassinada na última madrugada pelo próprio avô, com quem a menina vivia. O homem terá quase degolado a criança, antes de ter infligido alguns ferimentos, sem muita gravidade, nele próprio, no pescoço e nos pulsos.
Quando Joana, a mãe da menina, chegou a casa, a criança já estaria sem vida. As equipas de socorro confirmaram o óbito. “’Não cheguei a tempo de salvar a minha filha’, ouvi a Joana a gritar isso desesperada nas escadas do prédio”, disse um vizinho desta família.
Aliás, os vizinhos estão completamente chocados com este crime, que não conseguiam imaginar. Dizem apenas que eles se pareciam dar muito bem e que a menina passeava de mão dada com o avô, diariamente, e que lhe chamava pai. Que tinham uma relação muito bonita.
Joana, de 24 anos, tinha saído para uma festa com amigos, nesta noite em que o crime aconteceu. Ainda segundo revelações dos vizinhos à CMTV, esta não era uma prática nada comum e que Joana não costumava sair muito à noite. Porém, tinha saído com o namorado para uma festa.
Agora, também a CMTV a revelar que o homem deixou dois bilhetes a explicar o crime. O homem justificou a morte da neta, porque a filha pensava em ir viver com uma tia – cunhada deste homem – com a menina. E que ele não conseguia viver sem Lara.
O homem revelou ainda que ficou sem a pensão da Segurança Social e que, por essa razão, não podia ajudar a filha e a neta com as despesas. Ainda segundo os vizinhos, o idoso andava ainda mais calado do que o habitual, nos últimos dias.
O homem está internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mas não corre risco de vida.