É o crime que está a chocar o país. A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a morte de uma adolescente, de 19 anos, em Peniche. A irmã, de apenas 16 anos, confessou ter esfaqueado a vítima, que enterrou nas traseiras de casa, há um mês.
As duas adolescentes viviam com o pai, mas estavam sinalizadas pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), por um ambiente de violência. A mãe seria ausente na vida das filhas, mas já revelou que as duas irmãs tinham algumas zangas.
“É um sofrimento muito grande. Elas não se davam bem, mas eu não esperava isto. Soube ontem que a minha filha estava morta. Perdi duas filhas. Estive hoje com ela na Polícia Judiciária. Não sou capaz de falar mais nada”, disse Marina, a mãe das duas adolescentes, em declarações ao jornal Correio da Manhã.
Também a melhor amiga de Lara, a vítima, falou à CMTV e revelou novos detalhes, nomeadamente como convenceu a amiga a aguentar mais um pouco na casa em que vivia do pai, apesar desta lhe dizer que pensava sair de casa, para não ter de viver mais com o pai e a irmã. “Não aguento mais”, terão sido as palavras de Lara. Agora, esta amiga revela estar arrependida de não a ter ajudado a sair de casa.
A amiga também contou que, apesar de Lara não o confidenciar, ela sabia que esta era agredida pela irmã de 16 anos. No entanto, ao saber da morte da amiga, a primeira pessoa em que pensou foi no pai da jovem.
“Para ser sincera, eu pensava que tinha sido o pai. Mas estive há pouco a falar com o pai e o olhar dele, dá para ver que não foi ele”, contou esta jovem.